“Looperception?”
2074. No
futuro, quando a Máfia tem como objectivo liquidar alguém, de modo a evitar
quaisquer vestígios, envia a sua vítima 30 anos para trás no tempo, onde à sua
espera para o eliminar está um “looper”, um assassino contratado. Joe (Gordon-Levitt)
é um desses “loopers”, cuja vida corre bem, até ao dia em que a Máfia, para
fechar o ciclo, lhe envia um novo alvo do futuro: ele próprio (Willis).
Looper é um bom filme, acima da média
do género, não me parecendo, no entanto, comparável à saga Matrix, especialmente o primeiro.
É um filme que
exige atenção, mas tem o cuidado de explicar o enredo ao pormenor, raramente
nos deixando “às escuras” sobre qualquer ocorrência.
Analisando os
protagonistas, este filme-sensação do ano tem a vantagem de contar no enredo
com Joseph Gordon-Levitt, um dos actores mais promissores e com maior ascensão
actualmente em Hollywood. Bruce Willis também tem uma prestação bastante
sólida, melhor do que algumas das suas performances mais recentes, sendo que,
ainda assim, não surge muito em cena. No entanto, tal não acontece às custas de
Gordon-Levitt, e ainda bem, pois qualquer instante com o Joe do passado na tela
é um regalo. Refira-se que, a nível de curiosidade, Joseph Gordon-Levitt passou
todos os dias, em médias, 3 horas na sala de caracterização, de modo a ficar
com algumas semelhanças com Bruce Willis quando este era mais novo.
Ficou a
faltar, contudo, uma maior interacção entre os dois Joe’s, sendo este um dos
maiores motivos de interesse do filme, apenas acontecendo numa ou outra
ocasião, e sobretudo na segunda metade do filme.
É de realçar,
ainda, o extraordinário trabalho do pequeno Cid (Pierce Gagnon), que tem,
igualmente, um papel bastante notório.
Por outro
lado, temos o papel menor de Emily Blunt, que apenas surge, sensivelmente, a
metade do filme e, sobretudo, Piper Perabo, que aparece somente em cena duas ou
três vezes, sem um papel de grande destaque. Jeff Daniels, por seu lado,
continua igual a si mesmo, para o bem e para o mal.
A transformação de
Gordon-Levitt em Joe
Looper é um filme bastante bem
construído, que procura explicar tudo ao espectador e, para o género, não
contém muitas falhas de maior relevo, até porque, para um filme de ficção
científica com viagens no tempo, existem paradoxos temporais de difícil
explicação, sendo de realçar, ainda, o final relativamente surpreendente.
Assim, Looper assume-se como uma das boas
revelações do ano, uma opção bastante interessante para os fãs do género e
segura o suficiente para os fãs de cinema em geral, onde somos brindados com algumas
grandes interpretações, sobretudo do sólido Joseph Gordon-Levitt (quem poderia
adivinhar a ascensão do “miúdo” de “Terceiro Calhau a Contar do Sol?”) e da
revelação Pierce Gagnon, sendo, no cômputo geral, o tema e enredo bastante
interessantes e final relativamente surpreendente.
A merecer uma
visualização no grande ecrã.
CLASSIFICAÇÃO – 8/10
Realização – Rian Johnson
Casting – Joseph Gordon-Levitt
Bruce
Willis
Emily
Blunt
Piper
Perabo
Jeff Daniels
Pierce Gagnon
Género – Acção / Ficção
Científica
Duração – 115 min
Termino
mais um TAKE com outra sugestão bastante diferente, neste caso Frankenweenie,
de Tim Burton, que estreia esta semana e que tenciono analisar numa próxima
edição.
Frankenweenie
Até
lá,
Rui
Não conhecia nenhum deles!
ResponderEliminarAcho que vou ver o 1º!
O 2º talvez seja mais para o XL!
Ainda nao vi nenhum dos dois. Sinceramanete tenho mais curiosidade de ver o do Tim Burton (sou fã daqui até á lua).
ResponderEliminarChegas-te a ver o "Para Roma com Amor"?
Beijinhos
Obrigada pelos comentários :)
ResponderEliminarSim Mary Jane, chegámos a ver e existe crítica (feita pelo Rui, claro) do mesmo: http://porqueequeeutbjatenhoumblog.blogspot.pt/2012/10/take-1.html
Nós gostámos bastante deste e segunda-feira é dia de Tim Burton :)