Eu ia começar este post com "Às vezes dou por mim a pensar...", mas a verdade é que já não é às vezes, é muitas vezes!
Aqui do alto do meu mero metro e sessenta e dois centímetros tenho cá para comigo (bonito agora) que devo ser das poucas portuguesas na blogosfera (e não só) que não é empreendedora. Não sou, nunca fui e muito provavelmente nunca vou ser. Às vezes (agora sim é bem aplicado) penso que se deve ao meu rabo (e tudo o resto diga-se) ser alentejano e, uma vez que temos fama de ser preguiçosos, de ser preguiçosa também. Ou seja, além da falta de empreendorismo que tenho, se calhar também sou preguiçosa.
Há uns dias uma amiga dizia-me "Mas porque é que não dás umas explicações?! És tão inteligente e explicas tudo tão bem.", mas não... Nunca tive vocação para ser professora e além disso o meu irmão aventurou-se nisso e, para ser tudo conforme a lei, o lucro era zero (não era zero mesmo, mas era para aí 50€) e só deu chatices. Isto está mau para as explicações porque para se ter explicandos é preciso baixar preços, mas os senhorios não baixam os preços dos espaços a alugar, nem a EDP baixa o preço da luz, nem a câmara baixa o preço da água... Em que ficamos?! Logo a resposta foi não. Depois disse-me (a mesma amiga) "E que tal comer para fora?! Aproveitas as dicas que te vão dar agora no curso da Vaqueiro e começas a fazer comida para fora", também não! Não sou grande cozinheira e a minha mãe cozinha razoavelmente bem, não é exímia. Logo, mais uma opção que não foi boa e também ninguém compra comer para fora em casas de família. Depois há pouco, na hora de almoço, ao ver as minhas colegas a fazer colares, pulseiras, brincos e não sei o quê mais (não que eu me metesse numa coisa dessas porque eu não fazia publicidade a mim própria que não uso nada disso), mas eu não sou uma pessoa que tenha jeito para as artes manuais. E estes são os exemplos que me lembro. Há cerca de 2 semanas falava com os meus pais sobre isso (sim, com os dois) pois, de momento, talvez até possua mais capital que muita gente que inicia um negócio, mas falta-me o principal: Ideias! E não, também não tenho um curso superior que seja pródigo em ideias de negócios, para isso tenho ideias, mas precisaria de milhões de euros (pois também há um esboço de projecto disso).
Claro que ideias boas, não ideias que com a crise vão abaixo em mês e meio ou dois meses, ideias sustentáveis. Ou seja, resumindo e concluindo, falta de empreendorismo, falta de criatividade e, quiçá, preguiça. Não encontro mais nada de momento que se ponha entre mim e um grande negócio. Acho que é só... Ou não!
Até que enfim! Alguém que fala a mesma língua que eu!
ResponderEliminarAmiga concordo em tudo contigo.
ResponderEliminarTens razão isto está bom só para os grandes grupos que investem em grandes negócios.
Hoje quer-se tudo em grande, negócios pequenos ou de família, é para morrer de seguida.
Olha eu cá até tenho ideias, falta-me o capital. Vou participar com uma no concurso do BES e logo se vê onde vai dar a coisa.
ResponderEliminarMas por outro lado até te percebo. Nem sempre tenho ideias viáveis e primeiro que tenha uma credo.... não é para todos, penso eu.
Eu só sou empreendedora no meu próprio trabalho. :P
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