Sparky, em grande plano
e com um ar “Frankensteniano”
O novo filme de Tim Burton retrata a história de um menino, Victor
Frankenstein (Charlie Tahan), e do seu cão, Sparky.
Victor é uma tímida criança, interessada por cinema e Ciência e com uma
relação muito especial com o seu cão. Um dia, inesperadamente, Victor perde o
seu melhor amigo, recorrendo aos seus conhecimentos científicos para o (tentar)
trazer de volta à vida. Tal tarefa não se afigura fácil, mas após o conseguir
com “relativo” sucesso, Victor tenta encobrir a sua criação, mas não
conseguindo controlar todos os passos de Sparky, a façanha pessoal do tímido
menino torna-se do conhecimento geral da população local, a quem não agrada
particularmente o regresso ao mundo dos vivos da mascote tanto como a Victor.
Frankenweenie não está ao
nível de “The Nightmare Before Christmas” nem de “The Corpse Bride”. No
entanto, estas são obras maiores de Tim Burton, pelo que à partida tal tarefa
se afigurava complicada.
Ainda assim, Frankenweenie é
um bom filme, ternurento, e com um grande coração, mantendo, por outro lado, os
traços macabros e bizarros da maioria das obras de Tim Burton.
A animação em stop motion é
perfeitamente adequada para a natureza deste conto e assenta que nem uma luva.
Contudo, a presença do 3 D neste filme é absolutamente desnecessária, não se
justificando, de modo algum, o epíteto “3 D”.
Tim Burton homenageia, ainda, grandes inspirações suas do passado, como
Godzilla, o Lobisomem e Drácula, notando-se particularmente na segunda metade
do filme.
É de referir, ainda, a presença de inúmeras referências ao conto original
de Frankenstein, nomeadamente na parte final, como a cena do moinho ou a
perseguição a Sparky.
A ternura e amizade
entre Victor e Sparky é uma constante ao longo de todo o filme
Após ter sido despedido da Disney no passado, ainda um ilustre
desconhecido, precisamente com Sparky, Tim Burton regressa a esta personagem
com toda a liberdade, agora com um estatuto e liberdade que ninguém ousa questionar,
trazendo-nos um filme ternurento, peculiar, bizarro, macabro, mas sobretudo com
um coração enorme e que tanto proporcionará, de um momento para o outro,
situações de riso como momentos de profunda tristeza.
CLASSIFICAÇÃO – 7,5/10
Realização – Tim Burton
Casting – Charlie Tahan
Catherine
O’Hara
Martin
Short
Martin
Landau
Wynona
Rider
Género – Animação
Duração – 80 minutos
Termino esta TAKE com, na minha opinião, uma das melhores obras de Tim
Burton, “The Nightmare Before Christmas” e uma sugestão acabada de estrear em
Portugal, de outro senhor da realização: Clint Eastwood e o seu “Trouble With
The Curve”.
The Nightmare Before Christmas
Trouble With The Curve
Até lá,
Rui
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