quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TAKE #2 - LOOPER


 

 
“Looperception?”

2074. No futuro, quando a Máfia tem como objectivo liquidar alguém, de modo a evitar quaisquer vestígios, envia a sua vítima 30 anos para trás no tempo, onde à sua espera para o eliminar está um “looper”, um assassino contratado. Joe (Gordon-Levitt) é um desses “loopers”, cuja vida corre bem, até ao dia em que a Máfia, para fechar o ciclo, lhe envia um novo alvo do futuro: ele próprio (Willis).


Looper é um bom filme, acima da média do género, não me parecendo, no entanto, comparável à saga Matrix, especialmente o primeiro.

É um filme que exige atenção, mas tem o cuidado de explicar o enredo ao pormenor, raramente nos deixando “às escuras” sobre qualquer ocorrência.

Analisando os protagonistas, este filme-sensação do ano tem a vantagem de contar no enredo com Joseph Gordon-Levitt, um dos actores mais promissores e com maior ascensão actualmente em Hollywood. Bruce Willis também tem uma prestação bastante sólida, melhor do que algumas das suas performances mais recentes, sendo que, ainda assim, não surge muito em cena. No entanto, tal não acontece às custas de Gordon-Levitt, e ainda bem, pois qualquer instante com o Joe do passado na tela é um regalo. Refira-se que, a nível de curiosidade, Joseph Gordon-Levitt passou todos os dias, em médias, 3 horas na sala de caracterização, de modo a ficar com algumas semelhanças com Bruce Willis quando este era mais novo.

Ficou a faltar, contudo, uma maior interacção entre os dois Joe’s, sendo este um dos maiores motivos de interesse do filme, apenas acontecendo numa ou outra ocasião, e sobretudo na segunda metade do filme.

É de realçar, ainda, o extraordinário trabalho do pequeno Cid (Pierce Gagnon), que tem, igualmente, um papel bastante notório.

Por outro lado, temos o papel menor de Emily Blunt, que apenas surge, sensivelmente, a metade do filme e, sobretudo, Piper Perabo, que aparece somente em cena duas ou três vezes, sem um papel de grande destaque. Jeff Daniels, por seu lado, continua igual a si mesmo, para o bem e para o mal.

 

A transformação de Gordon-Levitt em Joe


Looper é um filme bastante bem construído, que procura explicar tudo ao espectador e, para o género, não contém muitas falhas de maior relevo, até porque, para um filme de ficção científica com viagens no tempo, existem paradoxos temporais de difícil explicação, sendo de realçar, ainda, o final relativamente surpreendente.

Assim, Looper assume-se como uma das boas revelações do ano, uma opção bastante interessante para os fãs do género e segura o suficiente para os fãs de cinema em geral, onde somos brindados com algumas grandes interpretações, sobretudo do sólido Joseph Gordon-Levitt (quem poderia adivinhar a ascensão do “miúdo” de “Terceiro Calhau a Contar do Sol?”) e da revelação Pierce Gagnon, sendo, no cômputo geral, o tema e enredo bastante interessantes e final relativamente surpreendente.

A merecer uma visualização no grande ecrã.


CLASSIFICAÇÃO – 8/10

Realização – Rian Johnson

Casting – Joseph Gordon-Levitt

Bruce Willis

Emily Blunt

Piper Perabo

Jeff Daniels

Pierce Gagnon

Género – Acção / Ficção Científica

Duração – 115 min

 
                Termino mais um TAKE com outra sugestão bastante diferente, neste caso Frankenweenie, de Tim Burton, que estreia esta semana e que tenciono analisar numa próxima edição.
 

 

Frankenweenie


             Até lá,

             Rui



3 comentários:

  1. Não conhecia nenhum deles!
    Acho que vou ver o 1º!
    O 2º talvez seja mais para o XL!

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  2. Ainda nao vi nenhum dos dois. Sinceramanete tenho mais curiosidade de ver o do Tim Burton (sou fã daqui até á lua).
    Chegas-te a ver o "Para Roma com Amor"?

    Beijinhos

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  3. Obrigada pelos comentários :)

    Sim Mary Jane, chegámos a ver e existe crítica (feita pelo Rui, claro) do mesmo: http://porqueequeeutbjatenhoumblog.blogspot.pt/2012/10/take-1.html

    Nós gostámos bastante deste e segunda-feira é dia de Tim Burton :)

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